terça-feira, 24 de março de 2015

Cultura Geral

UN APERÇU DE LA CULTURE DES ADOS : Quel est le plus grand navigateur au monde ? - Internet Explorer ! Quelle est la capitale de Taïwan ? - Made-In De quelle œuvre est issue la phrase "To be or not to be" ? - De "Questions pour un champion". Pourquoi dit-on de Jules César qu'il était un dictateur ? - Car il savait dicter plusieurs lettres à la fois ; il était très rapide. Quelle est la taille de Hong-Kong ? - 10 m, peut-être plus ; il est très grand ! Qui était Léonard De Vinci ? - Un très grand écrivain ; son œuvre principale est Da Vinci Code. Qui était Galilée ? - Un grand savant. Avant lui, la terre ne tournait pas. Qui était le Général de Gaulle ? - Un homme dans le dictionnaire. Il fut un protestant très pratiquant, catholique même. C'est pourquoi il a été enterré dans un village avec deux églises, à Colombay. Expliquez-moi la règle des probabilités. - C'est une règle mathématique mais on ne sait si elle existe ou pas. Vous êtes certain ? - Eh non, puisqu'elle n'est que probable ! Quelles sont les trois grandes périodes de l'humanité ? - L'âge de la pierre, l'âge du bronze et l'âge de la retraite. Ce dernier est le plus court. Comment est mort Napoléon ? - Il a été décapité, comme Bonaparte et tous les rois, d'ailleurs. Parlez-moi des croisades. - C'est un voyage organisé. Il a été organisé par le Pape pour que les chrétiens se rencontrent et discutent entre eux. Pouvez-vous me parler de l'âge de pierre ? - Oui, Pierre avait entre 30 et 35 ans ; c'était un apôtre du Christ. Parlez-moi de la Révolution française. - Les Français s'insurgent ; ils prennent la Bastille. Cela se termine le 14 juillet avec des feux d'artifice. Parlez-moi des capacités du cerveau - Le cerveau a des capacités tellement étonnantes que, aujourd'hui, presque tout le monde en a un. “Je n'en suis pas persuadé !” a répondu le professeur Qui a inventé le zéro ? - Personne ne le sait. On peut dire que devant, il ne sert pas à grand-chose mais il est très utile car c'est le seul chiffre qui permet de compter jusqu'à 1. Sans lui, on aurait commencé à 2. Et encore: - La solidarité sociale a poussé l'Etat français à construire des H&M. - Un ovale est presque rond mais quand même pas. - La décolonisation est quelque chose de nécessaire car on ne peut laisser les enfants en colonies de vacances toute l'année. - Si De Gaulle n'apparait pas sur les photos de la conférence de Yalta c'est parce que c'est lui qui les a faites... évidemment! - Pendant la guerre, les gens étaient très occupés par l'occupation Ah, que c'est bon de savoir que les ados ont de l'humour. Podiamos pensar que exemplos destes só se passavam em Portugal. Afinal estamos bem acompanhados pela sabedoria dos adolescentes franceses que nasceram na terra da cultura...

quinta-feira, 12 de março de 2015

O 'mundo pula e avança', apesar de tudo...

O nosso mundo está cheio de conselheiros avulso. Mais do que o sexo, a alimentação e a educação, parecem ser as matérias do nosso tempo que se relacionam com o 'comportamento' as mais populares. Curiosamente, algumas são anunciadas como 'verdades finais' mas só até à próxima 'verdade final'.No mês passado, a Direção-Geral de Saúde britânica 'descobriu' que uma dieta saudável deve voltar a incluir gorduras, manteiga e pão. Esta semana, a imprensa alegrou-se com a descoberta mais recente da Academia de Ciências holandesa: que demasiada atenção dos pais transforma as crianças em narcisistas, pelo que não lhes podemos dizer o dia inteiro que são 'especiais'. O que virá a seguir? Que os pais têm de prestar mais atenção aos filhos? Há pelo mundo fora um défice de normalidade e de bom senso.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O Outono chegou, preparem-se

«Cada outono que vem é mais perto do último outono que teremos, e o mesmo é verdade do verão ou do estio; mas o outono lembra, por o que é, o acabamento de tudo, e no verão ou no estio é fácil, de olhar, que o esqueçamos. Não é ainda o outono, não está ainda no ar o amarelo das folhas caídas ou a tristeza húmida do tempo que vai ser inverno mais tarde. Mas há um resquício de tristeza antecipada, uma mágoa vestida para a viagem, no sentimento em que somos vagamente atentos à difusão colorida das coisas, ao outro tom do vento, ao sossego mais velho que se alastra, se a noite cai, pela presença inevitável do universo. Sim, passaremos todos, passaremos tudo. Nada ficará do que usou sentimentos e luvas, do que falou da morte e da política local.» Bernardo Soares - Livro do Desassossego

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Os 'senadores' que defendem um governo de salvação nacional

"Juiz Conselheiro Rui Moura Ramos – Representa o Tribunal Constitucional, órgão criou o actual problema. Co-responsavel por um problema de 2 mil milhões de euros. Dr. Alberto João Jardim – faliu a Madeira. Custou mil milhões de euros em 2011 Dr. Mário Soares – respresentane da Fundação Soares (500 mil euros/ano) Dr. Jorge Sampaio, a sua vida após o défice tem sido passada na Fundação Guimarães Capital Europeia da Cultura. Dr. Bagão Félix, ex-ministo das finanças. A sua maior contribuição para a consolidação das contas públicas foi a redução do IVA nas fraldas. Dr. Francisco Pinto Balsemão, representa o grupo Impresa. Principal beneficiário dos 250 milhões que o Estado despeja anualmente na RTP. Dr. Luís Marques Mendes, esteve nos negócios das energias renováveis. Dr. Luís Filipe Menezes, arruinou as finanças da câmara de Gaia." João Miranda, in Blasfémias 18 / 9 / 2012

Obrigado Luiz Goes (1933-2012)

"Calou-se a "voz sublime" da Coimbra mítica, como lhe chamou Adelino Gomes no título de uma entrevista ao PÚBLICO, em 2008, há apenas quatro anos. Luiz Goes, cantor celebrado da segunda geração de ouro coimbrã, morreu ontem numa unidade de cuidados continuados de Mafra, onde estava internado havia algum tempo. As canções que durante tantos anos lhe ouvimos, na sua inconfundível voz de barítono, pareciam dirigir-se a personagens isolados na multidão que sempre contemplava: Balada para ninguém, Canção para quase todos, Cantiga para quem sonha, Homem só, meu irmão, Requiem pelos meus irmãos, É preciso acreditar, Canção para quem vier. Esta última, considerava-a a melhor de todas. Diz assim: "Quem vier,/ quer creia neste mundo ou não,/ aqui sonhe o mundo/ que os filhos terão." E ele sonhou-o a cantar. Nascido em Coimbra, a 5 de Janeiro de 1933, Luiz Fernando de Sousa Pires de Goes foi criado num ambiente musical: o pai tocava guitarra, a mãe piano e o tio, Armando Goes, era uma das vozes mais marcantes da Coimbra dos anos vinte. Aos 14 anos, estreou-se no canto, numa festa do Liceu D. João III (hoje Escola Secundária José Falcão), onde foi colega de José Afonso, António Portugal, Carlos Couceiro ou Costa Braz, entre outros. Mas na casa dos pais era mais habitual ouvir-se Wagner, Beethoven ou Bach do que fado. Que é coisa que também se canta em Coimbra, mas erradamente se confunde com a canção de Coimbra, como ele gostava de sublinhar. "O fado-fado é em Lisboa. O que há [em Coimbra] é uma canção de matriz coimbrã". E começa na canção de estudante, que foi onde Luiz Goes se iniciou. Aos 19 anos gravou o primeiro disco, um 78 rotações. E depois de integrar o Orfeão Académico (onde foi solista) a Tuna e o Teatro dos Estudantes (o TEUC), deu voz, em 1958, integrado no Coimbra Quintet, à mais célebre gravação de Coimbra de todos os tempos: o LP Serenata de Coimbra. Nessa altura os ventos da tradição coimbrã estavam a mudar e Luiz Goes também se mudou, mas para Lisboa, depois de terminar a licenciatura em Medicina. Casa-se, tem o primeiro filho (casar-se-á segunda vez, mais tarde) e é chamado para o serviço militar. Cumpre-o na Guiné, como médico-alferes, e é só mais tarde, no regresso, que grava o primeiro LP em nome próprio, já como trovador de uma tradição coimbrã renovada e atenta ao mundo: Coimbra de Ontem e de Hoje (1967). Seguir-se-ão outros, num crescendo de maturidade: Canções do mar e da Vida (1969), Canções de Amor e de Esperança (1972) e, já nos anos 80, Canções para Quase Todos (1983). Em 2002, a integral da sua obra foi reunida pela EMI-Valentim de Carvalho numa caixa com 4 CD intitulada Canções Para Quem Vier. Mais uma vez, um largo horizonte. Ultimamente reformado da função pública, nas últimas três décadas Luiz Goes gravou pouco (em vários projectos alheios e num CD/DVD partilhado com João Moura, Coimbra: Espírito e Raiz) mas não lhe passava pela cabeça deixar de cantar, mesmo espaçadamente, nos lugares que lhe eram queridos. Ontem, quando foi anunciada a sua morte, não lhe pouparam elogios. Carlos Carranca, autor da biografia Luiz Goes: de Ontem e de Hoje (ed. Universitária, 1998), lembrou a "voz única", apontando-o como "o maior intérprete" da música de Coimbra. "Quando cantava, plural na singularidade do seu talento, Luiz Goes trazia consigo uma Coimbra inteira", disse. Para Rui Pato, músico, "é uma grande perda, era um grande poeta, um grande músico e um grande homem". Virgílio Caseiro, maestro, lembrou o "homem de grande carácter e verticalidade". A Sociedade Portuguesa de Autores sublinhou que Goes foi "um dos nomes mais representativos da história da música portuguesa na segunda metade do século XX, facto que foi por vezes injustamente esquecido". E Nuno Encarnação, que chegou a acompanhar Goes à viola, disse que Coimbra "tem de fazer tudo para que a sua memória perdure". Luiz Goes concordaria. Mas, como ele afirmou na já citada entrevista a Adelino Gomes, a Coimbra dele era diferente da que hoje tantos exaltam. Era a Coimbra de Conímbriga, dos castelos da periferia, da Lapa dos Esteios, de Pedro e Inês. Mas também "a dos que se reuniam diante da Sé Nova, a lançar imprecações a Deus, como Antero de Quental, agarrado ao Eça." Por onde quer que ande esta Coimbra, ela estará por perto quando lhe acenarem pela última vez. O funeral realiza-se hoje em Coimbra, após cerimónias religiosas na Igreja de São José, de onde sairá às 16h para o cemitério da Conchada." in Público, 19/9/2012

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Primeiro dia de aulas ( de novo... )

Novo ano, vida nova. É normal que se faça um primeiro balanço do início das aulas. Pais, alunos e professores, todos estão na expetativa. Esperam-se melhores tempos e tentamos equlibrar-nos entre o real (realidade educativa) e o que se espera desse mesmo real. Por mim, gostaria que que as utopias educativas se tornassem realidade. Gostaria que os Professores fossem (na realidade) professores/investigadores, tal como aprendi na Faculdade; gostaria que os professores fossem professores “do cuidado”, que conseguissem acolher e atender cada um dos alunos, tal como eles merecem, indo ao encontro do tal 'ensino personalizado'; gostaria que os professores fossem vistos ( e fossem efetivamente... )como guardiões da cultura, orientadores de saberes fundamentais e de competências básicas, que contribuíssem para o desenvolvimento pessoal e social dos alunos. Na realidade e infelizmente, os professores gastam mais tempo nas obrigações burocráticas do que em momentos de investigação, estudo e atualização. Na realidade e infelizmente, os professores sentem-se obrigados a um ensino de massa, expositivo, dirigido a todos, não conseguindo atender a cada um, à realidade pessoal de cada um. As grandes Turmas e as tarefas paralelas (Relatórios, Atas, Observatórios, acompanhamentos de casos, etc etc) deixam pouco tempo para concretizar as 'utopias' pedagógicas. Os professores ficam com menos tempo para tarefas pedagógicas e científicas, que, afinal de contas, são as tarefas/funções específicas da profissão docente. Por mim, preferia de ser professor de cada um dos meus alunos, do que ser professor de todos. Gostaria de ser professor de pessoas e não de indivíduos.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Vergonha na cara

Manuel Alegre diz não abdicar de um "país limpo". A expressão usada nas declarações aos jornalistas foi exactamente essa, "país limpo", e é essa inflexibilidade ética que se espera de um candidato presidencial a sério.

Durante um instante, digamos cerca de quatro segundos, acreditei que Manuel Alegre decidira recusar o apoio do PS e reclamar esclarecimentos definitivos acerca das histórias da licenciatura de um conhecido estadista, do fecho da "universidade" Independente, do licenciamento do Freeport, da escritura de um peculiar apartamento lisboeta, do aterro da Cova da Beira, do sucateiro Godinho, da ascensão vertiginosa de certos vultos da PT, da ingerência política numa televisão privada, do patrocínio de ex-futebolistas para fins eleitorais e minudências similares.

Erro meu. Afinal, Manuel Alegre ‘apenas’ deseja limpar o País no que respeita aos obscuros negócios da banca. E nem todos os negócios da banca: por exemplo, não se lhe ouviu um resmungo sobre o assalto do partido do poder ao BCP, ou as célebres confusões do BPP, que Manuel Alegre publicitou há uns anos a troco de 1500 euros. Manuel Alegre só está interessado em limpar as dúvidas que versam o BPN. E nem todas as dúvidas, que ninguém deu por ele a protestar contra a nacionalização da referida instituição, ou a pedir pormenores pelo modo como a privatização falhou e pelo impacto, ainda misterioso, de semelhantes divertimentos no bolso dos contribuintes, ou até a estranhar os desmesurados elogios que, em 2008, o ex-administrador Dias Loureiro teceu ao primeiro-ministro. Manuel Alegre limita-se a reivindicar que Cavaco Silva explique os ganhos que obteve na venda de umas acções da SLN, o grupo que detinha o BPN.

Aqui há tempos, Cavaco Silva já disse umas coisas a propósito. Talvez tivesse obrigação de as desenvolver agora, talvez suponha que isso lhe prejudicaria a campanha, talvez acredite que a reeleição está garantida mesmo, ou sobretudo, se ignorar o assunto. Talvez a noção do ridículo o impeça de convocar uma conferência de imprensa em que acuse meio mundo de conspirar contra si. Não sei.

Sei que Cavaco Silva não deve desculpar-se da mais-valia conseguida numas acções com confissões de prejuízo noutras, seja porque um eventual abuso não é atenuado pelos abusos que não se cometeu, seja porque o lucro, ao contrário do que julgam os simpáticos fascistas do Bloco, não é sinónimo de má-fé ou desonestidade.

E sei que Manuel Alegre não quer o tal "país limpo" que, com voz grave, exige: o seu zelo concentra-se num pedaço pequenino do País, enquanto o resto permanece uma esterqueira pegada. Há sempre alguém que diz não? Possivelmente, mas está longe de ser o caso. Manuel Alegre diz sim ao que calha, desde que lhe convenha. O "não" ou, para usar palavras que lhe são caras, a resistência e a insubordinação servem de pechisbeques retóricos. Na prática, Manuel Alegre resiste e insubordina-se face a muito pouco, quase nada. Tecnicamente, falta-lhe um bocadinho de legitimidade para a missão higiénica a que se dispôs. Francamente, falta-lhe um bocadinho de vergonha na cara.